Como foi pra mim - Luana 38 anos

Em abril de 2016, senti minha mama direita dura. Parecia um enorme caroço, mas que não doía. Procurei minha ginecologista pois achava que se tratava de efeito colateral do uso de Diu Mirena, que havia colocado há dois meses. A ginecologista descartou essa possibilidade (ainda me pergunto se realmente não tem correlação). Fui encaminhada para um ultrasson de mama, para descartar Câncer de mama, já que minha avó paterna tinha sido tratada desta doença há alguns anos.

O ultrasson descartou câncer, demonstrando tratar-se de um nódulo com fluído líquido de aproximadamente 13 cm.

Uma semana depois meu seio começou a dor, ficar quente e vermelho. Com o resultado do ultrasson, fui encaminhada ao Mastologista. A partir daí inúmeros exames foram realizados para descobrir do que se tratava. Até mesmo ressonância magnética do crânio para descartar um tumor na hipófise eu tive que fazer. 

Após vários exames negativos, meu médico me disse que haveriam então duas outras possibilidades: Tuberculose mamária ou mastite granulosa idiopática, que não possuía causa definida. Me disse ainda que caso fosse descartada a Tuberculose, faríamos o tratamento da Mastite Granulomatosa, que , segundo ele, seria com corticóides ou cirúrgico.

Enquanto os resultados não saiam, fui sendo medicada com doses altas de antibióticos, que não fizeram qualquer efeito. Foram realizadas 4 punções para aliviar a dor que sentia e em uma delas peguei uma bacteria, tendo que aumentar as doses de antibióticos. 

Em julho de 2016, com o resultado negativo da cultura de tuberculose em mãos, e uma ferida gigante no seio direito, ja aberta e saindo muito sangue e pus, foi feito procedimento cirúrgico de quadrantectomia, retirando toda a parte necrosada, que já tomava grande parte do meu seio. Foi tudo bem tranquilo e não senti qualquer dor pós cirurgia. Trinta dias depois iniciei os corticóides, para prevenção, segundo meu masto, garantindo assim que a doença não retornasse. Tomei 15 mg por 30 dias e fomos reduzindo até tirar totalmente. Foi difícil. inchei muito. enjoei, fiquei irritada. Os efeitos dos corticóides são horríveis. Pensei que estivesse então curada.  

Engano meu. Exatamente um ano após o primeiro foco, senti novo nódulo aparecer, na mesma mama, acima da cicatriz da cirurgia. Como dessa vez já sabemos do que se trata, não houve necrose, e iniciei novamente o tratamento com corticóides, com uma dose maior, 40 mg.

Hoje tomo 20mg de prednisona, e ainda estenderei o 
tratamento por mais 2 meses. O nódulo se rompeu mas já se fechou e desapareceu. Eu continuo na luta. E espero que vocês lutem comigo, e não desistam de ficar bem. 

punção